FUI ASSISTIR OITNB, ERA OZ
Poussey Washington (Samira Wiley) |
[ALERTA: *TW *SPOILER * BAD VIBES]
Piper não foi obrigada a conviver com sua ex, que nem era uma mulher magra, de olhos claros e longos cabelos pretos. Era uma mulher gorda, fora do padrão e que só passou algumas poucas semanas novamente em contato com Piper, e não teve nenhum tipo de relação sexual com ela. Ou seja, a narrativa da série da Netflix é uma invenção que se baseia em algoritmos e faz o que o público quer ver.(Stephanie Ribeiro)
Não é segredo que muita gente faz promessas anuais de assistir Orange is the new black, devorar os episódios em tempo mÃnimo se empanturrando de pizza e sem dormir. Confesso que tenho sido uma delas desde a tÃmida e bem humorada primeira temporada. Àquela altura, a série cativou uma audiência fiel que apreciava o humor e, até certo ponto, o nonsense. A segunda temporada assisti varando a noite fria com toda sorte de alimentos engordativos e senti a primeira desilusão com a série: racismo como assunto, não como tema. Foi grave o modo como construÃram Yvonne Parker - a Vee - para ser odiosa, tal como a mãe da Preciosa e outras mulheres Negras que são consideradas inaptas para a maternidade (RIBEIRO, 2016). A terceira foi bastante morna - pra não dizer decepcionante - porque focou de forma aleatória a fragilidade emocional da Alex Vause. Certamente OITNB é uma das séries com maior quebra de heteronormatividade, presença de atrizes não-brancas, mas já esperamos há muito tempo por reparações e não somos obrigadas a nos contentarmos com o mÃnimo. Embora, nesses três anos, muita ironia e estereótipos raciais tenham sido lançados à audiência como um assunto qualquer, nunca tinha sido tão insistente, traumático e violento como agora.
Apesar de Stephanie Ribeiro ter nos presenteado com um texto incrÃvel sobre a ansiedade e gatilhos presentes na temporada mais recente, foi criticada de forma leviana. Várias garotas não-negras comentaram que "nada está bom para gente" e que "não se pode problematizar OITNB, pois a série até insere atrizes Negras e Trans". Além disso, os textos produzidos por pessoas brancas sobre a série aplaudem uma suposta discussão racial que atravessou a quarta temporada e - mais uma vez - celebram a diversidade étnico-racial. será que já andaram de ônibus? Curiosamente, nenhuma dessas pessoas se deu conta da ausência da conselheira e mestra em psicologia Berdie Rogers (Marsha Stephanie Blake) da quantidade de gatilhos ou TW [1] (elas que tanto criticam estupros nos filmes do Lars Von Trier, "que até têm muitas mulheres").
Bordie Rogers aconselhando Suzanne
O problema da representação versus a catarse
Sabemos que penitenciaria é um ambiente de injustiças e violências, mas OITNB era uma série de humor protagonizada por mulheres - com dramas à la Michael Sullivan - e se tornou algo como um show do Sarcófago em sua época mais sombria e lamentável do álbum Hate. Quando expressei essa ideia, meu primo respondeu que é isso: não tem como ser uma comédia naquele contexto. Quando Stephanie escreveu, garotas comentaram que ela estava exigindo demais. Para além desse descrédito histórico que mulheres Negras enfrentam, é preciso trazer ao centro o problema da representação para além de Platão.
Como vocês sabem - grosseiramente falando - Platão teorizou sobre a dicotomia "mundo real versus mundo das ideias". Para ele, tanto as palavras quanto as artes eram cópias da realidade que, em si, já é uma cópia imperfeita. Mentalidades conservadoras insistem em discutir - até hoje - representação em termos de mÃmica do real - mÃmesis - e não de verossimilhança, porque já partem do pressuposto de que fantasia, horror e terror são gêneros menores. Essas mesmas mentalidades calibram olhares para sentirem prazer com a (suposta) realidade tal como é, sobretudo com a contemplação da violência contra minorias.
Alguns dizem que a arte deve tratar de temas elevados, outros dizem que deve tratar do real tal como é; o interessante é que ambos os posicionamentos excluem imagens positivas e a descolonização, ambas se guiam pela branquidade, sexismo, classismo, etarismo. Para tais indivÃduos, a catarse - ou descarga emocional - é desencadeada pelo livramento de seu herói ou heroÃna de situações embaraçosas, tais como o racismo, homofobia e o feminicÃdio. Essas situações embaraçosas correspondem à interpretação branca do racismo como um "problema negro" que oscila entre o "não tão grave assim" e a "culpa recalcada". Esses "embaraços" ocultam a falta de transparência, isto é, a descontinuidade entre o discurso, a prática e o interesse. Em suma: ocultam seu ponto de vista como sujeito ao defender um conceito de representação que se apropria de partes da realidade e instaura uma (suposta) verdade. Neste caso, eles fazem da representação um problema inescapável, complexo e desagradável (um circunlóquio). Essa é a academia.
Já no meio nerd feminista é comum questionar a seletividade que as franquias de fantasia propõem como "realismo" ou "verossimilhança". Num mundo em que é possÃvel existir hobbit, orc, elfo e toda a sorte de monstros, é notável a ausência de personagens não-brancos e, especialmente, negros. Quando aparece um "elfo negro" ele é especificado como "escuro", ignorante e mau, semelhante à s descrições renascentistas e assim como a oposição do "Deus do trovão" Thor (belo=bom=loiro) e o irmão enganador, Loki. A justificativa é sempre "Mas a vida é assim, não havia negros na Europa Medieval". Só digo a vocês que Camões pensava desse jeito há cinco séculos atrás. Faz algum sentido? Existia dragão? Fada? Elfo? Deuses confabulando?
A nós - feministas Negras nerdes - não interessa tal perspectiva. Representação como suposta cópia da realidade sempre nos levará à morte simbólica da série Oz, sempre limitará nossas perspectivas, reduzirá nossa multiplicidade à privação histórica. É nesse sentido que feministas Negras leram OITNB como perversão racializada ou voyerismo da catástrofe apoiado em valores coloniais. Não há mais Sangue, mas as memorias enraizam [2], esse é o trauma histórico, as Memorias plantadas [3]. A exibição de violências raciais postas como ironia é um freakshow que não se justificam na trama, apenas reconduzirem sujeitos subalternizados à definição Moderna de "tudo que não presta" [4]. Observamos a sobreposição de produções mentais, de valores e conceitos racistas emoldurando as representações, e, desse modo, trazem aquele ausente para a ficção sob o olhar equivocado de quem escreve. Valores, aliás, que atualizam a violência das plantations para o mundo contemporâneo.
Nos atendo ao poder que a representação tem de evocar o ausente e de enquadrar categorias sociais como estigmas, observaremos que não passam de estratégia de justificar condutas discriminatórias e violentas. Por exemplo: a sequência em que Soso convida Judy King a conhecer Poussey é considerada engraçada porque expõe o ridÃculo do estágio de "inocência" duma personalidade racista "querendo ajudar". Nessa parte fica evidente que parecer racista é feio e reprovável, mas que a discriminar é parte da construção natural. No pequeno diálogo misturam explicações sociológicas de senso comum com preconceitos e resolvem de forma paternalista que Poussey é digna da atenção de King. Aà pergunto: pessoas negras não são agentes? Sempre necessitam da bondade de terceiros? Lembrando que bondade é uma forma moral de encarar um problema ético.
"Não, eu quis dizer das pessoas em geral" |
"Apenas..." |
A questão da representação em OITNB é claramente condicionada a um olhar branco acostumado a assistir o sofrimento fÃsico do povo negro tendo certeza de que está imune. Piper e Alex reais são opostas ao que roteiristas e produtores da série inventaram, mas isso é um desvio do real considerado aceitável, ao passo que a educação formal de Poussay, não. Enquanto o narcisismo de Piper pode soar como crÃtica - estilo Family Guy - , apenas reforça o que vivenciamos diariamente: sujeitos brancos que não conseguem sair da sua condição de privilégio e de inversão (porque se consideram lesados quando tratados como iguais). Lembram quando o Piscatella disse que ela estava entendendo errado? Que não passava de uma Mulher detenta? Certamente, o publico não-negro viu com muito humor a passagem do privilégio ao "comum" da Piper, mas como o ponto de referência da serie é ela, a mensagem parou na sensação de que estava sendo lesada, que não era justo ser tratada daquela forma. A discussão de privilégio, portanto, reforça aspectos cruéis da realidade muito mais que problematiza. Essa mesma ânsia pelo real é pura oportunidade de vivenciar o lugar de poder que violenta e de trazer a tona o que seu privilégio entende por real (e justo).
A imagem diz tudo. |
Racismo é realidade?
O racismo é uma ficção, um discurso como qualquer outro, ou seja, representação. Ele codifica a coletividade negra dentro de valores negativos e faz desse conceito uma visão de mundo, uma forma de lidar socialmente e de criar ficcionalizar a arte. Muitas sequencias de racismo em OITNB partem do cotidiano de pessoas negras, pois não passamos um dia sequer sem sermos hostilizadas. Isso significa que nosso processo de construção psicológica é especÃfico, marcado pelas memórias do perÃodo colonial e constante associações com imagens degradantes. Isso não quer dizer que nos reduzimos ao racismo, humanidade significa complexidade. Para pessoas não-negras é necessário muita empatia pra perceber a perversidade dos discursos racistas, dado o conforto de sua própria condição. Empatia não é o caso da Piper.
Acima foto promocional da série. Abaixo a equipe de 15 roteiristas e seus pets. |
Piper é desenhada como uma mulher burguesa-padrão adaptada aos tempos em que o racismo é politicamente incorreto. Tempos de lucrar tangenciando o racismo, sem discussão aberta. Ela evita pensar no quanto é racista, mas sendo loira, a sua primeira medida ao ser igualada por Piscatella foi reforçar sua diferença/distinção entre suas iguais. Ela incrimina as latinas e as obriga a passar por humilhações diárias. interessante que não há remorso, ela acredita que tratou-se de olho-por-olho, mas nunca teve essa conduta antes. A partir daÃ, fica claro que estamos em Oz: violência racial, grupos de supremacia branca, má sorte especÃfica e cenas odiosas para quem sente prazer na dor do outro. Não vejo inocência na cena em que Piper se vê lÃder duma célula de supremacia branca, é mais desconforto em termos de aceitação geral do que problemas em se sentir cheia de vantagens. Lembremos da sua hostilidade com a colega havaiana e gorda e podemos contrapor a qualquer outro relacionamento com brancas. O desprezo é especÃfico.
"Sim! Estamos sempre ouvindo sobre como a vida dos negros importa" |
"Acaso a nossa vida não importa?" |
"A vida das brancas importa!" |
"A vida das brancas importa!" |
Uma pessoa branca que não tem consciência dos privilégios da branquidade pode considerar apenas verossÃmil Jessica Jones empurrar o amigo preto para alcançar um objetivo. Ela pode justificar a ação dizendo que "ela é desse jeito, inconsequente". Essa mesma pessoa não entende a ansiedade que gerou em OITNB a tatuagem da bandeira dos confederados do sul na nuca de uma skinhead, nem o horror daquelas nazistas simplesmente existirem. Já não era bom viver com a "Pensilvânia", mas depois da onda de assassinatos e a presença maciça de skinheads não havia necessidade de tanta violência simbólica.
Quero dizer que não esperava um "mar de rosas", apenas que fiquei desapontada com o nÃvel da desonestidade e perversidade dessa temporada. Parei de fazer anotações após o segundo episódio e passei a aguardar o ápice dessa violência absurda, que foi o assassÃnio de Poussey. O modo como pessoas não-negras enxergam essa morte é continuidade das mortes cotidianas. Pode até dar uma sensação ruim devido ao seu diferencial (background de leitura e viagens), mas nós encaramos como luto, como a sensação de que nem mesmo a ficção oferece saÃda para a violência especÃfica.
O que faz a equipe de roteiristas acreditar que é mais real contemplar pessoas brancas formando uma famÃlia na prisão do que duas mulheres Negras se amando? A ideia de que o amor é branco. Imagine a quantidade de seguidores tem o site Black Girl Nerds e contraste com a ideia de que a adorável Tasha é uma exceção que lê Game of Thrones. Pouco da interioridade dela é explorado na historia, sob o pretexto de se tratar da história e Piper, mas fica bem explicado o seu papel de "mãe preta" na trama. Sobre a cena em que o guarda destrói seu relógio, qual a conclusão? De que Mulheres Negras sofrem sexismo e racismo ao mesmo tempo? E quanto aos sentimentos, pensamentos, passado e perspectivas de futuro? Privilegiam os momentos em que ela nutre em detrimento dos momentos de leitura. Por que ela é alÃvio cômico?Por que temos que saber que o diretor sente atração sexual por ela? Já sabemos disso, o "como" e "o porquê" há cinco séculos. É realismo ou seletividade do que tornar real?
Some à contradição o fato de que Poussey era uma personagem complexa e interessante, leitora ávida, cujo flashback evidenciou o efeito do destino, sua abertura para um mundo hostil e - claro - uso de drogas. Enquanto Tasha envolve a trama com humor - estereótipo da mulher gorda - Poussey é responsável pela dramaticidade.
Sua morte é o ápice daquela trama degradante que obriga negros a se identificarem com personagens brancas e que explica quem é branca, quem não é, e o lugar de cada uma. Intercalando a história do psicólogo, do agente que a matou e a do diretor (Caputo) vemos como toma forma uma chamada à empatia para com o agressor. Até mesmo as fascistas se mostram sensÃveis ao luto e à dor das Negras quando Poussey morre. Lembram que após a cena em que a lÃder mostra respeito à dor do luto das personagens Negras, acompanhamos as latinas no banheiro rindo da dor alheia. Parece que até fascistas são postas como mais sensÃveis, que o agente matou por acidente, que Caputo não poderia fazer nada senão defendê-lo. Há também a cena em que Daya faz comentários com teor racista e a mãe dela explica: "Ela não é racista, apenas diz racismos". Também há a pergunta sem resposta: "Pretas podem ser racistas"? Longe de discutir a internalização do racismo, as cenas descrevem o racismo unicamente como querela entre Negras e latinas. É doentio, perverso e sádico roteirizar isso. Essa inversão não muda a realidade de que o racismo é uma problemática branca.
É racializada a distinção que a mÃdia faz entre "criança" e "criminoso" e todas sabemos disso. A jornada de Caputo e do rapaz é um comentário retórico que busca a redenção, que explica que a vida é assim, que pessoas ótimas fazem coisas más porque o sistema embrutece. Esse olhar humanizado não aparece na sequência em que Suzane é obrigada a violentar fisicamente Kukudio. Aliás, são tantas cenas de torturas fÃsicas e psicológicas que assistimos nessa quarta temporada, cenas de violência pura contra mulheres não-brancas, que não passam de demonstrações de poder que precisamos vivenciar na ficção. Poderia haver cenas positivas, desenvolvendo a complexidade dessas personagens.
Outro aspecto de violência real foi perguntar à atriz Samira Wiley:
A partir do momento que os episódios enfatizam o sistema e a "complexidade da situação", o problema central (racismo) se torna abstrato e os opressores sentem um peso a menos. Vale lembrar que, marcar a Piper com uma suástica não suaviza a violência que ela propiciou, apenas intensifica o clima de Oz. A violência contra Piper é pontual e remediada, diferente do rato, da surra e da morte que recaem sobre personagens não-brancas. A identificação de Caputo - e do público - com o rapaz é instantânea, e seu (suposto) humanismo se mostra totalmente branco e masculino ao desconsiderar o corpo de Poussey, sua vida e famÃlia. Não há justificativa de "acaso" quando a violência recai sobre corpos que são estatisticamente mais afetados e constituem a maior parte da população carcerária.
É racializada a distinção que a mÃdia faz entre "criança" e "criminoso" e todas sabemos disso. A jornada de Caputo e do rapaz é um comentário retórico que busca a redenção, que explica que a vida é assim, que pessoas ótimas fazem coisas más porque o sistema embrutece. Esse olhar humanizado não aparece na sequência em que Suzane é obrigada a violentar fisicamente Kukudio. Aliás, são tantas cenas de torturas fÃsicas e psicológicas que assistimos nessa quarta temporada, cenas de violência pura contra mulheres não-brancas, que não passam de demonstrações de poder que precisamos vivenciar na ficção. Poderia haver cenas positivas, desenvolvendo a complexidade dessas personagens.
Outro aspecto de violência real foi perguntar à atriz Samira Wiley:
[...] se Poussey perdoaria Bayley, o guarda que cometeu o homicÃdio por acidente, a atriz disse que acha que a personagem entenderia. “Acho que ela conseguiria ver a complexidade da situação. No 13º episódio, que mostra o flash back de Poussey, tem uma hora em que ela está andando na rua e passa por Bayley, e aquilo mostra que eles são só duas crianças que terminaram num sistema corrupto e cruzaram os caminhos. Quem saberia que em alguns anos, um ia acabar matando o outro? É complicado e eu acho que Poussey conseguiria ver isso”, opinou.As entrevistas de Wiley dão um tom de quem veste a camisa da empresa - mas, para boas entendedoras, depõe contra essa legitimação do feminicÃdio.
A partir do momento que os episódios enfatizam o sistema e a "complexidade da situação", o problema central (racismo) se torna abstrato e os opressores sentem um peso a menos. Vale lembrar que, marcar a Piper com uma suástica não suaviza a violência que ela propiciou, apenas intensifica o clima de Oz. A violência contra Piper é pontual e remediada, diferente do rato, da surra e da morte que recaem sobre personagens não-brancas. A identificação de Caputo - e do público - com o rapaz é instantânea, e seu (suposto) humanismo se mostra totalmente branco e masculino ao desconsiderar o corpo de Poussey, sua vida e famÃlia. Não há justificativa de "acaso" quando a violência recai sobre corpos que são estatisticamente mais afetados e constituem a maior parte da população carcerária.
Não estamos em Oz e laranja continua sendo branco, não é mesmo?
NOTA
[1] TW é uma abreviação de uma expressão em inglês, trigger warning, sendo trigger = gatilho, e warning = aviso. “Gatilho”, neste caso, expressa, basicamente, algo que, ao ser mencionado ou referido, desperta em alguém um sentimento ruim.
[2] Tradução livre dum trecho de Boot, canção de Tamar Kali.
[3] Tradução livre do conceito central da obra Plantation Memories, de Grada Kilomba.
[4] Aqui faço referência à doutrina positivista.
OBRIGADA!
>Gabi Lima
>Luiza R.R.
>Camila Cerdeira
>Thânisia Cruz
>Rebeca Puig
TEXTOS CONSULTADOS
BURIGO, Joanna. 'Orange is the New Black' e a persistência de opressões e privilégios. DisponÃvel em: <www.cartacapital.com.br/cultura/orange-is-the-new-black-e-a-persistencia-de-opressoes-e-privilegios>. Acesso em 24 jun.16.
DICKMAN, Laurel. ‘You’re So Talented’ Is Your Antidote to OITNB. DisponÃvel em: <wearyourvoicemag.com/more/entertainment/youre-so-talented>. Acesso em 24 jun.16.
MIRANDA, Ana Maria. “Orange Is The New Black”: atriz fala após tragédia. DisponÃvel em: <cinegrafando.ne10.uol.com.br/2016/06/22/atriz-de-orange-is-the-new-black-fala-sobre-destino-de-sua-personagem-na-4a-temporada/>. Acesso em 24 jun.16.
RIBEIRO, Stephanie. Orange is The New Black: Quando nem tudo será sobre pessoas brancas? DisponÃvel em: <www.brasilpost.com.br/stephanie-ribeiro/orange-is-the-new-black-q_b_10742732.html?utm_hp_ref=brazil&ncid=fcbklnkbrhpmg00000004>. Acesso em 24 jun.16.
SHACKELFORD, Ashleigh. Orange is the New Black is Trauma Porn Written for White People [spoilers].DisponÃvel em: <wearyourvoicemag.com/more/entertainment/orange-is-the-new-black-trauma-porn-written-white-people>. Acesso em 24 jun.16.
SUTTON, Kayla. Orange Is The New Black: Episode 1 Recap. DisponÃvel em:<blackgirlnerds.com/orange-new-black-episode-1-recap/>. Acesso em 24 jun.16.
VALENTINE, Mickey.No, Realism isn’t the New Black. DisponÃvel em:<wearyourvoicemag.com/more/entertainment/no-realism-isnt-new-black>. Acesso em 24 jun.16.
RIBEIRO, Stephanie. Orange is The New Black: Quando nem tudo será sobre pessoas brancas? DisponÃvel em: <www.brasilpost.com.br/stephanie-ribeiro/orange-is-the-new-black-q_b_10742732.html?utm_hp_ref=brazil&ncid=fcbklnkbrhpmg00000004>. Acesso em 24 jun.16.
SHACKELFORD, Ashleigh. Orange is the New Black is Trauma Porn Written for White People [spoilers].DisponÃvel em: <wearyourvoicemag.com/more/entertainment/orange-is-the-new-black-trauma-porn-written-white-people>. Acesso em 24 jun.16.
SUTTON, Kayla. Orange Is The New Black: Episode 1 Recap. DisponÃvel em:<blackgirlnerds.com/orange-new-black-episode-1-recap/>. Acesso em 24 jun.16.
VALENTINE, Mickey.No, Realism isn’t the New Black. DisponÃvel em:<wearyourvoicemag.com/more/entertainment/no-realism-isnt-new-black>. Acesso em 24 jun.16.
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