Marvel’s The Runaways – Apanhado da Temporada
As
resenhas atrasaram, mas não foi falta de amor, só sabe como é final de ano e
ainda estamos reorganizando o site para 2018. Desculpas a parte, vamos ao que
interessa aqui.
Por Camila Cerdeira
The
Runaways teve um começo forte, perdeu um pouco do ritmo, mas para mim, o final
da primeira temporada foi bem satisfatório. Não posso comentar no sentido de
adaptação, ainda não li os quadrinhos (aqui eu me comprometo com vocês a ler e
escrever um texto sobre até próximo mês).
Por
que sai tão satisfeita? The Runaways me foi vendida como uma história
adolescente de jovens com super poderes que lutam contra os pais super vilões.
Isso foi exatamente o que assisti ao longo de 10 episódios.
Claro
que os 6 protagonistas poderiam ter fugido antes e ter acelerado o ritmo da
série, mas teríamos perdido muitos dos momentos que mais gostei na temporada.
Um
ótimo exemplo é a humanização da Tina, mãe da Nico. Ela é uma mãe em luto
tentando manter a família estruturada enquanto seu marido a trai com alguém do
mesmo culto satânico. Sim, ela sabia que o Jonah era um homem perigoso e que
matar adolescentes é errado, no entanto ela ultrapassa qualquer senso de
moralidade para proteger a própria família e esse é um sentimento que consigo
entender, olha que nem tenho filhas.
Outro
ponto alto é toda dinâmica entre o Chase o pai. Temos um relacionamento abusivo
clássico e que ocorre desde a infância do garoto, o que deixa sequelas
profundas no emocional e psicológico dele. A ponto dele oscilar em odiar o pai
e precisar desesperadamente da aprovação do mesmo em questão de segundos.
Muitas vezes Chase acaba por reproduzir o comportamento violento do pai, como
na briga com os colegas de Lacross, mesmo ele estando certo ali, ou ao quebrar
o notebook de Alex, aqui ele tava 100% errado.
Runaways
é uma série adolescente onde existem super poderes e uma dinossaura. E uma
série adolescente que se preze não pode existir sem: triângulos amorosos, baile
de escola, evento beneficente e alguém descobrindo a própria sexualidade. Os
roteiristas deram check list em tudo.
Que
Kaerolina é uma babe gay é possível ver há quilômetros de distância, exceto
para Chase que é um hetero tapado. Agora fui pega de surpresa pela
bissexualidade de Nico, ela beijou a loira duas vezes, uma ao retribuir o beijo
do baile e outra ao iniciar quando a “amiga” foi resgatada. E eu era muito
feliz com o casal que ela fazia com Alex, a única solução viável agora é ela
namorar os dois.
No
quesito Super da série tivemos batalhas de luzes entre Karolina e Jonah, o que
foi bem legal, mas poderiam ter incluído alguma cena da Old Lace lutando. Além
de uma situação a lá Vader “I am your father”. E no último episódio da
temporada os times foram oficialmente formados. Os homens brancos embuste da
série pegam o posto de vilões oficiais. O casal negro super protetor são uma
frente própria e devem go rogue próxima temporada. Enquanto os demais pais irão
engulir a raiva e ressentimento pelas traições de Leslie para agirem como
agentes duplos e tentar derrotar Jonah por dentro da PRIDE.
Nossos
heróis então se tornaram oficialmente foragidos (runaways). Pessoalmente, não
acho que eles devam deixar a cidade de Los Angeles agora, não antes de
recuperarem o báculo magico para Nico.
Em
quanto esperamos o retorno, da já confirmada, segunda temporada com 13
episódios podemos teorizar sobre o que eram as rochas que deram poderes a
Molly. Meu voto é que eram rochas que liberam a nevoa terragen que ativa
inumanos. O que poderia significar espaço para surgir personagens como Ms.
Marvel e Moon Girl, uma garota pode sonhar.
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