Top 5 Modelos Para Jovens Mulheres #BlackList
Na semana da mulher, de 1º a 8 de março, portais nerds feministas se juntaram em uma ação coletiva – Ação Nerd Feminista – para discutir temas pertinentes à data e à cultura pop, trazendo análises, resenhas, entrevistas e críticas que tragam novas e instigantes reflexões e visões. São eles: Nebulla, Delirium Nerd, Momentum Saga, Nó de Oito, Preta, Nerd & Burning Hell, Prosa Livre, Valkirias, Psicologia&CulturaPop, Kaol Porfírio, Séries por Elas
#WeCanNerdIt #FeminismoNerd #8deMarço #DiaInternacionaldaMulher
Por Camila Cerdeira
Pensando na proposta desse ano para a Ação Nerd Feminista resolvemos listar alguns dos excelentes modelos de mulheres diversas que temos na mídia e por que não começar com exemplos para jovens mulheres e adolescentes.
Assim como na série original, Girl Meets World lida com os dilemas de se amadurecer da infância a adolescência sendo fiel a realidade dos dias de hoje. Riley é uma jovem espirituosa, otimista e que sempre espera o melhor dos outros e o seu amadurecimento não tenta tirar isso dela, pelo contrário. Uma série infantil que se propõe a discutir sexismo e coloca sua protagonista se reconhecendo como feminismo e debatendo o real significado disso é importante e um ótimo exemplo para jovens garotas que estão assistindo. A série já foi encerrada, infelizmente, mas todas as suas temporadas estão disponíveis na Netflix Brasil.
Eu sei que o texto é um Top 5, mas como eu não consegui escolher entre as duas, vou contar elas como um único exemplo já que veem da mesma série. The Fosters é uma série que todo mundo deveria assisti, mostrando que não importa o quão diferente sejam as famílias, são famílias e o que nos liga realmente é o amor.
A série é um excelente modelo para mulheres de todas as idades, seja aquelas que se espelham em Lena e Stef, duas mulheres adultas que se amam e respeitam suas diferenças e estão criando cinco filhos da melhor forma possível e ainda tem suas próprias carreiras fora. Quando se trata de jovens mulheres ou garotas adolescente temos Mariana e Callie.
As duas personagens mostram o quão diferente garotas podem ser. Você pode ser extremamente feminina ou nem tanto, líder do time de robótica e do conselho escolar ou ser mais na sua. Você pode expressar a sua raiva através da arte ou jogando roller derby. Não existe jeito certo ou errado, nada ti faz mais ou menos mulher por isso.
Em 1996, ano que se passa a série, eu tinha 7 anos, porém muito daquela realidade se assemelha ao que eu vive nos meus anos de ensino fundamental no começo da adolescência. Poder ver Kate se descobrindo como uma garota que gosta de garotas e como ela lida com o primeiro amor teria ajudado muito o meu processo de auto-descoberta e auto aceitação, mas fico grata que as queer girls de hoje tenho essa personagem para se identificar.
Ellen é uma jovem negra de periferia que perdeu o pai devido à violência e que encontrou na computação, programação e estudos uma oportunidade de vida melhor, infelizmente no caminho precisou enfrentar racismo em ataques velados e outros bem explícitos. Lica poderia ser considerada a adolescente rica problemática sem causa, mas a verdade é que a instabilidade familiar e a conturbada com o pai, com direito até a agressão física, a levaram a um quadro de depressão e abuso de substancias. Com terapia e apoio a jovem se recuperou, se engajou em atividades escolares e terminou em um relacionamento bem saudável com a namorada Samantha.
Tina é descendente de japonês e precisou enfrentar a mãe não apenas para encontrar seu próprio caminho longe dos planos da mãe, bem como manter sua relação inter-racial com Anderson, o irmão mais velho de Ellen, lidando com preconceito racial e social vindo de ambas famílias. Já Bene, jovem com síndrome de Asperger, lidou com o abandono do pai e com bullying causado por não se enquadrar nos padrões, mostrou que o que a torna diferente não a incapacita de nada, é apenas uma forma diferente de lidar com o mundo como tantas outras.
Malhação Viva A Diferença fez jus ao nome e mostrou que mais do que tolerar as diferenças precisamos compreender e aceitar. E que bom que houve protagonistas tão diferentes prontas para representar as mais diversas realidades das espectadoras.
E você, tem modelos positivos para mulheres jovens?
#WeCanNerdIt #FeminismoNerd #8deMarço #DiaInternacionaldaMulher
Por Camila Cerdeira
Pensando na proposta desse ano para a Ação Nerd Feminista resolvemos listar alguns dos excelentes modelos de mulheres diversas que temos na mídia e por que não começar com exemplos para jovens mulheres e adolescentes.
Riley Matthews – Girl Meets World
Quando eu era criança passava nas manhãs de sábado no SBT um seriado chamado O Mundo é dos Jovens (Boy Meets World no original) que acompanhava o amadurecimento de Cory Matthews, sua eterna namorada Topanga e seu melhor amigo Shaw. A série chegou ao fim depois de 7 temporadas no ano 2000. Em 2014 a Disney resolveu trazer esse universo de volta a vida lançando Girl Meets World, a série que iria acompanhar a vida de Riley Matthews, filha de Cory e Topanga, e seus amigos.Assim como na série original, Girl Meets World lida com os dilemas de se amadurecer da infância a adolescência sendo fiel a realidade dos dias de hoje. Riley é uma jovem espirituosa, otimista e que sempre espera o melhor dos outros e o seu amadurecimento não tenta tirar isso dela, pelo contrário. Uma série infantil que se propõe a discutir sexismo e coloca sua protagonista se reconhecendo como feminismo e debatendo o real significado disso é importante e um ótimo exemplo para jovens garotas que estão assistindo. A série já foi encerrada, infelizmente, mas todas as suas temporadas estão disponíveis na Netflix Brasil.
Mariana e Callie – The Fosters
Eu sei que o texto é um Top 5, mas como eu não consegui escolher entre as duas, vou contar elas como um único exemplo já que veem da mesma série. The Fosters é uma série que todo mundo deveria assisti, mostrando que não importa o quão diferente sejam as famílias, são famílias e o que nos liga realmente é o amor.
A série é um excelente modelo para mulheres de todas as idades, seja aquelas que se espelham em Lena e Stef, duas mulheres adultas que se amam e respeitam suas diferenças e estão criando cinco filhos da melhor forma possível e ainda tem suas próprias carreiras fora. Quando se trata de jovens mulheres ou garotas adolescente temos Mariana e Callie.
As duas personagens mostram o quão diferente garotas podem ser. Você pode ser extremamente feminina ou nem tanto, líder do time de robótica e do conselho escolar ou ser mais na sua. Você pode expressar a sua raiva através da arte ou jogando roller derby. Não existe jeito certo ou errado, nada ti faz mais ou menos mulher por isso.
Kate Messner – Everything Sucks
Everything Sucks é uma despretensiosa série original da Netflix, uma comedia leve situada nos anos 90 que retrata a vida desse grupo de adolescentes quase no estilo Freaks And Geeks. A série poderia mostrar só personagens heteros e brancos como aqueles que acompanhamos em milhares de filmes da sessão da tarde, mas optou por ter um protagonista negro e uma protagonista que está se descobrindo lésbica.Em 1996, ano que se passa a série, eu tinha 7 anos, porém muito daquela realidade se assemelha ao que eu vive nos meus anos de ensino fundamental no começo da adolescência. Poder ver Kate se descobrindo como uma garota que gosta de garotas e como ela lida com o primeiro amor teria ajudado muito o meu processo de auto-descoberta e auto aceitação, mas fico grata que as queer girls de hoje tenho essa personagem para se identificar.
Elena Alvarez – One Day At A Time
One Day At A Time é uma das melhores séries da atualidade e contém um bom número de mulheres inspiradoras. Seja na figura da avó Lydia ou na mãe e veterana de guerra Penélope. Porém, de longe Elena é a personagem que mais se aproxima do público. Uma jovem mulher, extremamente consciente das questões sociais e políticas do mundo que não tem medo de dar sua opinião e lutar pelo que acredita nas mais inúmeras marchas. Além disso é uma personagem latina inserida numa realidade pós-Trump, além de mostrar como é ser adolescente e se descobrir parte da comunidade LGBT na atualidade.Five – Malhação Viva a Diferença
Roubando mais uma vez por que é simplesmente impossível escolher apenas uma das cinco protagonistas de Malhação Viva A Diferença. Keyla é a mãe adolescente que precisou lidar com o peso de criar um filho quando você ainda está se descobrindo adulta além da pressão social por esse filho ter surgido de uma transa casual. Ela também traz a questão da pressão estética e de como muitas vezes as jovens fazem escolhas erradas acabando com a própria saúde em busca da magreza.Ellen é uma jovem negra de periferia que perdeu o pai devido à violência e que encontrou na computação, programação e estudos uma oportunidade de vida melhor, infelizmente no caminho precisou enfrentar racismo em ataques velados e outros bem explícitos. Lica poderia ser considerada a adolescente rica problemática sem causa, mas a verdade é que a instabilidade familiar e a conturbada com o pai, com direito até a agressão física, a levaram a um quadro de depressão e abuso de substancias. Com terapia e apoio a jovem se recuperou, se engajou em atividades escolares e terminou em um relacionamento bem saudável com a namorada Samantha.
Tina é descendente de japonês e precisou enfrentar a mãe não apenas para encontrar seu próprio caminho longe dos planos da mãe, bem como manter sua relação inter-racial com Anderson, o irmão mais velho de Ellen, lidando com preconceito racial e social vindo de ambas famílias. Já Bene, jovem com síndrome de Asperger, lidou com o abandono do pai e com bullying causado por não se enquadrar nos padrões, mostrou que o que a torna diferente não a incapacita de nada, é apenas uma forma diferente de lidar com o mundo como tantas outras.
Malhação Viva A Diferença fez jus ao nome e mostrou que mais do que tolerar as diferenças precisamos compreender e aceitar. E que bom que houve protagonistas tão diferentes prontas para representar as mais diversas realidades das espectadoras.
E você, tem modelos positivos para mulheres jovens?
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