[Resenha] Orixás – do Orum ao Ayê
Lançada em 2011, a HQ trata da história da criação do ponto de vista dos Orixás. Dividida em cinco capítulos, ela conta como Olorum criou os Orixás, o surgimento da Terra, da humanidade e, por fim, a divisão entre o Céu e a Terra. Trata-se de um trabalho bem introdutório, com o objetivo de apresentar os Orixás e suas histórias ao público leigo, tanto que contém notas de rodapé explicando alguns termos desconhecidos do público geral e justificando a escolha por determinadas grafias, quando existem diversas maneiras de escrever uma mesma palavra.
Por Anna Gabriela Teixeira
Por se tratar de história oral, existem diferentes versões das mesmas histórias e Alex Mir, em nota ao fim do álbum, atenta para este fato, esclarecendo porque escolheu determinada versão em detrimento de outras. O trabalho de roteiro aqui é muito cuidadoso, sempre procurando tratar as histórias de maneira respeitosa, afinal trata-se de uma religião com muitos fiéis no Brasil. Na verdade, tanto os desenhos quanto a forma como a história se desenrola lembram aqueles livrinhos infantis que contam histórias bíblicas e são tão populares em igrejas cristãs, porém, por se tratar de um tema ainda pouco explorado culturalmente, se torna interessante e envolvente.
Eu, apesar de conviver desde muito jovem com pessoas candomblecistas, não sabia praticamente nada sobre esta e outras religiões de matriz africana e foi muito enriquecedor conhecer o surgimento da Terra sob outro ponto de vista. Todos nós sabemos desde muito jovens a história da criação cristã, os mitos gregos e até mesmo os nórdicos, mas somos criados para temer religiões afro e por isso nunca aprendemos nada sobre o assunto. Num período onde os ataques contra templos de religiões africanas são atacados e destruídos, um projeto como esse se torna extremamente importante para ajudar a tirar o véu de obscuridade em que vivemos, mostrando que se tratam apenas de religiões como tantas outras com as quais convivemos diariamente, mas que são demonizadas pela cultura racista que nos cerca.
Depois de Orixás – do Orum ao Ayê, o mesmo trio lançou outras histórias com a mesma temática, entre elas Contos de Òrun Àiyé, que ainda não tive a oportunidade de ler mas já entrou na minha lista de desejos.
Título: Orixás – do Orum ao Ayê
Autores: Orixás – do Orum ao Ayê, de Alex Mir (roteirista), Caio Majado (ilustrador) e Omar Viñole (arte final e cor).
Editora: Marco Zero
Páginas: 80
Formato: 17.0 x 26.0
Onde comprar: Amazon
Por Anna Gabriela Teixeira
Por se tratar de história oral, existem diferentes versões das mesmas histórias e Alex Mir, em nota ao fim do álbum, atenta para este fato, esclarecendo porque escolheu determinada versão em detrimento de outras. O trabalho de roteiro aqui é muito cuidadoso, sempre procurando tratar as histórias de maneira respeitosa, afinal trata-se de uma religião com muitos fiéis no Brasil. Na verdade, tanto os desenhos quanto a forma como a história se desenrola lembram aqueles livrinhos infantis que contam histórias bíblicas e são tão populares em igrejas cristãs, porém, por se tratar de um tema ainda pouco explorado culturalmente, se torna interessante e envolvente.
Eu, apesar de conviver desde muito jovem com pessoas candomblecistas, não sabia praticamente nada sobre esta e outras religiões de matriz africana e foi muito enriquecedor conhecer o surgimento da Terra sob outro ponto de vista. Todos nós sabemos desde muito jovens a história da criação cristã, os mitos gregos e até mesmo os nórdicos, mas somos criados para temer religiões afro e por isso nunca aprendemos nada sobre o assunto. Num período onde os ataques contra templos de religiões africanas são atacados e destruídos, um projeto como esse se torna extremamente importante para ajudar a tirar o véu de obscuridade em que vivemos, mostrando que se tratam apenas de religiões como tantas outras com as quais convivemos diariamente, mas que são demonizadas pela cultura racista que nos cerca.
Depois de Orixás – do Orum ao Ayê, o mesmo trio lançou outras histórias com a mesma temática, entre elas Contos de Òrun Àiyé, que ainda não tive a oportunidade de ler mas já entrou na minha lista de desejos.
Título: Orixás – do Orum ao Ayê
Autores: Orixás – do Orum ao Ayê, de Alex Mir (roteirista), Caio Majado (ilustrador) e Omar Viñole (arte final e cor).
Editora: Marco Zero
Páginas: 80
Formato: 17.0 x 26.0
Onde comprar: Amazon
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