[Resenha] Proud Mary (2018)
Mary (Taraji P. Henson, a Cookie de Empire) é uma assassina profissional que trabalha para uma famÃlia de criminosos. Certo dia, ele vai matar um apostador e, depois de terminar o serviço, descobre o filho do rapaz, Danny (Jahi Winston, Luke de Everything Sucks) no quarto. A partir daà ela desenvolve uma culpa enorme por ter deixado o menino órfão e desenvolve um instinto maternal quase instantâneo.
por Anna Gabriela Teixeira
Mary é apresentada como uma assassina fria, calculista e que cumpre o seu trabalho como um profissional, no entanto, ao encontrar com o menino, ela se enche de culpa pelos seus atos. É realmente muito difÃcil de imaginar que foi a primeira vez em sua longa carreira que ela matou alguém que tivesse filhos ou que ela nunca parou para pensar nessa possibilidade.
Mais tarde ela até tenta justificar sua atitude alegando que não mata crianças, entretanto, não matar crianças e se sentir eternamente responsável por aquelas que tornou órfãs são coisas bem diferentes. A sensação é que o filme força um “instinto materno” em Mary para justificar o enredo, mas o faz de forma bem pouco convincente, apelando mais para o clichê de que mulheres não podem ver crianças sofrendo do que dando uma boa justificativa para a atitude da personagem, baseada em seus atos e personalidade.
Além disso, as cenas de ação são poucas e nada empolgantes. Um filme com uma história tão fraca precisa caprichar na ação para fazer a gente esquecer as incoerências do roteiro e focar só na mulher badass matando mafiosos de batom e salto alto, porém, nada disso acontece e a cenas são curtas e fracas.
Mas nem tudo são problemas. Mary faz o estilo John Wick de matar: rápida e objetiva, não precisa de uma metralhadora para matar meia dúzia de capangas, pelo contrário, resolve tudo com um revólver e um silenciador.
ALERTA DE SPOILER
Numa das últimas cenas do filme, Mary fica cara a cara com seu ex-namorado Tom (Billy Brown, Nate de How To Get Away With Murder) e diz que sabe que ele não irá atirar nela, porque ele a ama. E obviamente ele atira. Essa foi de longe a parte mais realista do filme e eu fiquei muito feliz que eles não entraram por essa onda de romantizar relações tóxicas e mostraram ele fazendo o que muitos homens fazem todos os dias.
FIM DO SPOILER
Meu veredito é: se você espera um filme de ação sem história nenhuma mas cheio de cenas bem feitas e eletrizantes, Proud Mary não é para você. Se você espera um filme de ação mais devagar, porém, inteligente e bem construÃdo, ele também não é para você.
Na tentativa de agradar a todos, acabou não agradando ninguém.
por Anna Gabriela Teixeira
Mary é apresentada como uma assassina fria, calculista e que cumpre o seu trabalho como um profissional, no entanto, ao encontrar com o menino, ela se enche de culpa pelos seus atos. É realmente muito difÃcil de imaginar que foi a primeira vez em sua longa carreira que ela matou alguém que tivesse filhos ou que ela nunca parou para pensar nessa possibilidade.
Mais tarde ela até tenta justificar sua atitude alegando que não mata crianças, entretanto, não matar crianças e se sentir eternamente responsável por aquelas que tornou órfãs são coisas bem diferentes. A sensação é que o filme força um “instinto materno” em Mary para justificar o enredo, mas o faz de forma bem pouco convincente, apelando mais para o clichê de que mulheres não podem ver crianças sofrendo do que dando uma boa justificativa para a atitude da personagem, baseada em seus atos e personalidade.
Além disso, as cenas de ação são poucas e nada empolgantes. Um filme com uma história tão fraca precisa caprichar na ação para fazer a gente esquecer as incoerências do roteiro e focar só na mulher badass matando mafiosos de batom e salto alto, porém, nada disso acontece e a cenas são curtas e fracas.
Mas nem tudo são problemas. Mary faz o estilo John Wick de matar: rápida e objetiva, não precisa de uma metralhadora para matar meia dúzia de capangas, pelo contrário, resolve tudo com um revólver e um silenciador.
ALERTA DE SPOILER
Numa das últimas cenas do filme, Mary fica cara a cara com seu ex-namorado Tom (Billy Brown, Nate de How To Get Away With Murder) e diz que sabe que ele não irá atirar nela, porque ele a ama. E obviamente ele atira. Essa foi de longe a parte mais realista do filme e eu fiquei muito feliz que eles não entraram por essa onda de romantizar relações tóxicas e mostraram ele fazendo o que muitos homens fazem todos os dias.
FIM DO SPOILER
Meu veredito é: se você espera um filme de ação sem história nenhuma mas cheio de cenas bem feitas e eletrizantes, Proud Mary não é para você. Se você espera um filme de ação mais devagar, porém, inteligente e bem construÃdo, ele também não é para você.
Na tentativa de agradar a todos, acabou não agradando ninguém.
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