Edital: II Simpósio Pretaenerd Academy


II Simpósio Pretaenerd Academy: Cultura pop & dissidências, uma realização Preta, Nerd & Burning Hell e Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF)
16 de agosto e 27 de setembro de 2025 (oficinas)
13 e 20 de setembro de 2025 (mesas)
PANORAMA DO EVENTO
O Simpósio Pretaenerd Academy é um evento realizado pelo Preta, Nerd & Burning Hell e a comunidade Burning Heller. O contorno acadêmico das mesas tem como objetivo criar um ambiente de troca de conhecimentos que seja igualmente permeado de companheirismo, paixão pela cultura pop e rigor intelectual. Apesar de ser um simpósio acadêmico, todas as pessoas da comunidade são bem-vindas a participar, independente de titulações, pois se trata de um ambiente de celebração do diálogo, da cultura pop e seus “produtos” como objetos legítimos de pesquisa.
Assim, o simpósio como terceiro pilar da Pretaenerd Academy (a iniciativa de democratização do conhecimento acadêmico, a partir da cultura pop, em ambiente de ensino informal e remoto criado em 2020) tem a missão de celebrar a cultura pop, o conhecimento e o nosso senso de comunidade inclusiva, acessível e ética.
A primeira edição ocorreu em 2021 e teve como tema, o conceito de #nerdiandade: uma proposta de pensar a cultura pop num viés crítico. Naquela edição, cada participante recebeu o convite para debater temas como: afrofuturismo, sequências didáticas e ficção científica ao longo de um dia inteiro de celebração.

OBJETIVO GERAL DO EVENTO
- Propor a continuidade do Simpósio Pretaenerd, um evento nerd interdisciplinar, com contorno acadêmico, de acesso livre – gratuito e online: a comunidade faz do evento um espaço de ensino informal democrático, desde que foi criada a Pretaenerd Academy (2020).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO EVENTO
- criar um ambiente de troca de conhecimentos que seja igualmente permeado de companheirismo, paixão pela cultura pop e rigor intelectual: a comunidade parte de um ethos de quilombo (Beatriz Nascimento in Ratts, 2006) para propor um espaço virtual, seguro e acessível onde qualquer pessoa possa pertencer, contribuir e participar de discussões profundas sobre cultura pop, conhecimento e experiência acadêmica.
- celebrar o diálogo entre pessoas apaixonadas pela cultura pop e pelo consumo crítico: a #nerdiandade é um modo de consumir a cultura pop com uma perspectiva crítica informada por lentes políticas, científicas e com a mente aberta ao diálogo e às dissidências.
- Reiterar a cultura pop e seus “produtos” como objetos legítimos de pesquisa: foi-se o tempo em que cultura pop ou a identidade nerd remetia a um tipo específico de aparência, gosto e comportamento. O modo como a comunidade vêm conceituado a #nerdiandade é uma lembrança da pluralidade, da paixão pela cultura pop e de sua análise rigorosa e dialética.
- Publicar os artigos apresentados como e-book de forma gratuita: Todas as pessoas que participarem apresentando trabalhos no evento se comprometem em produzir um artigo original (de sua autoria) e inédito (não publicado) e permitir que esse seja incorporado no e-book do evento, cujo objetivo é a divulgação científica. Uma vez que os direitos de cada texto são de quem os produziu, não é esperada exclusividade, apenas que ele seja inédito na data da publicação do e-book.
ESPECIFICAÇÕES
Existem muitos eventos acadêmicos comprometidos com discussões profundas sobre a cultura pop e também eventos nerds que se preocupam com questões de acessibilidade, negritude, queerdade, equidade racial e de gênero. Nesse sentido, o Simpósio se destaca ao propor que qualquer pessoa possa participar, pertencer e ter a sua perspectiva levada em consideração nos debates.
Além disso, a Pretaenerd Academy se compromete em oferecer formação para que haja equidade em termos acadêmicos. Apesar de abrigar diferentes perspectivas e abordagens teóricas, é importante que estejamos na mesma página no que se refere à acessibilidade, ao cuidado no modo como tratamos as outras pessoas e ao hábito de usar um vocabulário respeitoso e positivo quando nos referimos à diferença/alteridade.

REGULAMENTO DO II SIMPÓSIO PRETAENERD ACADEMY
O presente edital tem como objetivo tornar pública as normas da seleção de pessoas para conduzirem oficinas acadêmicas e para apresentarem trabalhos em mesas de discussão (grupos de trabalho, GTs) no II SIMPÓSIO PRETAENERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS. O evento ocorrerá na modalidade remota e síncrona, ou seja, virtualmente e ao vivo, nas datas definidas no presente edital, e conforme o horário de Brasília.
1. EVENTO
1.1 O II SIMPÓSIO PRETAENERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS é um evento remoto, idealizado por Anne Quiangala e realizado por meio da iniciativa Preta, Nerd & Burning Hell e sua respectiva comunidade, cujos participantes são chamados de Burning Hellers, e com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). O contorno acadêmico do evento tem como objetivo criar um ambiente de troca de conhecimentos, que seja igualmente permeado de companheirismo, paixão pela cultura pop e rigor intelectual. Apesar de ser um simpósio acadêmico, todas as pessoas da comunidade são bem-vindas a participar, independente de titulações, pois se trata da prefiguração de um ambiente de celebração do diálogo, da cultura pop e de seus produtos como objetos legítimos de pesquisa.
1.2. O II SIMPÓSIO PRETAENERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS acontecerá de forma simultânea, nas plataformas digitais Twitch e Youtube, respectivamente, nos canais Preta, Nerd & Burning Hell e Pretaenerd Academy.
1.3. O II SIMPÓSIO PRETAENERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS será constituído por duas modalidades:
- Oficinas: atividade síncrona (ao vivo) na modalidade remota, em espaço virtual, facilitada pela pessoa que propuser, tendo em vista o diálogo e aplicação de atividades práticas, sem que haja obrigatoriedade de um produto final.
- Grupos de Trabalho: apresentações ao vivo dos trabalhos aprovados que tratem de cultura pop a partir do tema central do evento: dissidências. Cada apresentação deverá ter entre 10 e 20 minutos, e será transmitida nas plataformas Twitch e Youtube.
1.4 Calendário das atividades:

2. PÚBLICO-ALVO
2.1. Os trabalhos científicos apresentados nos GTs poderão ser apresentados por pesquisadores dos mais diversos graus de escolaridade e títulos acadêmicos (ensino médio, graduação, especialização, mestrado, doutorado, pós-doutorado).
2.2. As oficinas serão ministradas por pessoas cujas contribuições na área proposta sejam verificáveis.
- Oficina 1: é necessário ter uma titulação igual ou superior ao mestrado (completo) na data da inscrição.
- Oficina 2: é necessário comprovar título e/ou as contribuições na área proposta. Contam como comprovação: textos acadêmicos, participação de outros eventos, textos literários, textos e entrevistas dentre outras produções.
2.3. É esperada a participação da população em geral, como ouvinte. É possível acompanhar a programação ao vivo sem necessariamente se inscrever nas plataformas, entretanto, para participar ativamente com perguntas é preciso ter uma conta na Twitch e/ou Youtube.
2.4 Burning Heller é um termo que se refere às pessoas que acompanham e fazem parte da comunidade virtual, Preta, Nerd & Burning Hell.
3. CRONOGRAMA DO EVENTO:

4. DA INSCRIÇÃO E DOS PRAZOS
4.1. Para a submissão do resumo/apresentação/trabalho escrito ou oficina, é necessária a inscrição de cada pessoa (autora, autor ou autore) no evento.
4.1.1. Para fins de inscrição, bastará o envio do resumo dos trabalhos a serem apresentados no evento, utilizando-se, obrigatoriamente, a caixa de perguntas do formulário de inscrição do simpósio.
4.1.2. Cada trabalho ou oficina proposta corresponde a uma vaga. É permitido submeter trabalho em coautoria (máximo 2 participantes), entretanto, apenas uma pessoa será responsável por apresentar no evento e/ou ministrar a oficina.
4.1.3. No caso de coautoria, todas as pessoas deverão efetuar a inscrição no evento (somente quem apresentar enviará o resumo e a nota fiscal).
4.1.4. A coautoria deve ser sinalizada no formulário.
4.1.5. Os resumos devem ser escritos exclusivamente em língua portuguesa.
4.1.6. Propostas de oficinas, resumos e artigos gerados por Inteligência Artificial (IA) não são elegíveis para esse evento.
4.1.7. O texto final produzido por IA (mesmo que o resumo em si não seja feito por IA, mesmo que tenha participado da oficina e apresentado) inelegível para a remuneração prevista no edital.
4.1.8 Em caso de candidatas, candidates ou candidatos usarem IA em alguma etapa, posterior à inscrição, o valor da remuneração prevista no edital será dividida pelos demais integrantes do GT.
4.1.9. Espera-se de quem se candidata ao II Simpósio Pretaenerd Academy a lisura e a responsabilidade de se autodeclarar de forma adequada e de submeter trabalhos conforme as regras.
4.1.10. A comissão científica não se responsabiliza por qualquer atitude antiética dos inscritos.
4.1.11. Caso uma atitude antiética seja detectada em estágio posterior à seleção, quem infringiu as regras terá seu trabalho desclassificado.
4.2. As inscrições (submissão de trabalhos e/ou oficinas) deverão ser realizadas entre os dias 14 de julho de 2025 e 01 de agosto de 2025, por meio do envio do formulário de inscrição devidamente preenchido.
4.3.O resumo do trabalho deverá ser encaminhado, junto a outras informações, através do formulário de inscrição, disponível no endereço: https://forms.gle/kKGQrnVn19h9PDxt7
4.4. A lista dos trabalhos aprovados e o cronograma das apresentações serão divulgados a partir do dia 14 de agosto de 2025 no site Preta, Nerd & Burning Hell, cujo endereço é: pretaenerd.com.br.
4.5. Um e-mail de confirmação será enviado pela equipe Pretaenerd Academy, que deverá ser respondido por quem propôs com a confirmação ou declínio da participação nas próximas etapas do II Simpósio, a saber: apresentação oral, escrita e envio do artigo completo e emissão de nota fiscal.
4.6. A divulgação das mesas e participantes será feita a partir de 18 de agosto de 2025 no site Preta, Nerd & Burning Hell, cujo endereço é: pretaenerd.com.br.
4.7. As inscrições são gratuitas.
4.8. A inscrição não garante a vaga.
5. NÚMERO DE VAGAS
5.1 Cada uma das 4 mesas de discussão (GTs), é composta por três (3) vagas para participantes, totalizando 12 participantes. Trabalhos produzidos em coautoria são contabilizados como uma vaga, pois apenas uma das pessoas poderá apresentar ao vivo.
5.2. Cada oficina será facilitada por 1 pessoa oficineira, totalizando 2 vagas.
5.3. Dado que o evento é online, mas conta com apoio da Secretaria da Cultura do Distrito Federal, priorizamos pessoas que residem no Distrito Federal. Dentre o total de vagas oferecidas, 75% serão reservadas para pessoas negras (pretas, pardas e/ou quilombolas), indígenas, com deficiência e LGBTQIAP+, conforme a tabela abaixo:

5.3.1 Quem se autodeclara pessoa negra (preta, parda e/ou quilombola), indígena, com deficiência e/ou LGBTQIAP+ deverá assinalar no formulário de inscrição para pleitear as vagas reservadas. Em caso de pessoas com deficiência, é importante explicitar quais as acomodações são necessárias para facilitar a sua participação, lembrando que há intérpretes de libras e legenda automática durante o evento ao vivo.
5.4. Em caso de as vagas reservadas não serem ocupadas em alguma categoria, elas se convertem para contemplar candidatos de outras categorias, exceto da Ampla Concorrência.
5.5. Apenas no caso de esgotarem as candidaturas e as vagas reservadas não forem preenchidas, elas se convertem em vagas de ampla concorrência.
5.6. A mesa (GT) será mediada pela pessoa que tiver maior tempo ativo na comunidade e não por quem tiver a maior titulação acadêmica.
5.7. O tempo ativo na comunidade pode ser medido a partir de inscrições na Twitch (acúmulo de subs), participação em eventos anteriores, interações nas redes sociais, dentre outros.
5.8. Tendo em vista que o evento prioriza o senso de comunidade, ser Burning Heller será um critério de desempate. Portanto, é recomendado que a pessoa comprove o tempo ativo na comunidade por meio do upload de imagem no formulário de inscrição.
5.9. Caso não haja inscrições suficientes ou adequadas à ementa, a equipe organizadora poderá propor o preenchimento das vagas a partir da indicação de pessoas cuja habilidade e contribuições relacionadas ao tema sejam de conhecimento geral.
OBJETO DE ANÁLISE
5.10. Os trabalhos inscritos para apresentação oral e artigo escrito devem ter como objeto de análise a cultura pop, seja ela audiovisual, impressa ou em formato digital. Serão considerados como objeto de análise na presente edição: livros, quadrinhos, seriados e filmes de não-ficção e/ou ficção, álbuns sonoros e visuais, jogos de tabuleiro, sistemas de Role Playing Game (RPG) e videogames.
5.11. O objeto deve, prioritariamente, propor discussões sem recorrer a vocabulário e/ou experiências traumatizantes “gratuitas”, sejam elas racismo, homofobia, aporofobia, violência ou imagens que sexualizem pessoas com intenção meramente vouyeurística (isto é, como pura descrição, objetificação e sem uma proposição crítica). Exemplos de obras que apresentam algumas dessas violências citadas, mas com intenção crítica, são: Kindred (Octavia Butler), 23 Minutos (Waldson Souza) e Candyman 3 (Nia DaCosta).
6. POLÍTICA DE CITAÇÃO
6.1. É importante que o principal texto usado para embasar a análise seja consolidado no campo e esteja indexado em portais cuja credibilidade é certa. Não há obrigatoriedade de citar clássicos anacrônicos, controversos ou que estejam em desacordo com a proposta do evento. Reforçamos a importância de priorizar textos atuais (bibliografia atualizada e/ou leitura crítica consistente), escritos por pesquisadoras e pesquisadores cuja ética de pesquisa seja comprometida com rigor acadêmico e factual.
6.2. O artigo deve citar, ao menos, uma obra de autoria africana/ afrodiaspórica (negra), indígena, ou latinoamericana (prioritariamente autoria de sujeitos racializados que não sejam latinos lidos como brancos no contexto de origem) ou asiática/descendente – pessoas autodeclaradas marrons e amarelas.
6.3. O artigo deve citar, ao menos, uma obra de autoria gênero-dissidente (não-binária, Lésbica, Gay, Bissexual, Transexual, Transgênero, Queer, Intersexo, Assexual, Pansexual, dentre outras identidades possíveis) ou feminina cisgênero heterossexual, desde que essa não seja categorizada como branca em seu contexto de origem.
6.4. O artigo deve citar, ao menos, uma obra da autoria de pessoas com deficiência (múltiplas deficiências, neurodivergentes, pessoas surdas, com baixa visão, amputações, próteses, mobilidade reduzida, psicossocial, dentre outras).
6.5. O artigo deve citar, ao menos, um texto do repertório em comum da comunidade (nossa bibliografia básica, disponível no final deste edital).
7. RESUMOS
7.1. Para apresentar trabalhos nos GTs é necessário enviar resumo de até 300 palavras em língua portuguesa, obrigatoriamente, ao preencher o formulário de inscrição (qualquer texto que não esteja no formulário, fornecido por link ou disponibilizado de outro modo será desconsiderado).
7.1.1. Os trabalhos podem ser individuais e ter, no máximo, 2 autorias. Em caso de coautoria, preencha o formulário com as informações da autoria principal (que fará a submissão com o resumo e apresentará ao vivo) e indique o nome da outra pessoa no campo adequado. A segunda pessoa preencherá o formulário, sem enviar o resumo, mas indicará no campo adequado o nome do trabalho com o qual está colaborando.
7.1.2. O resumo deve conter um panorama do tema, o problema de pesquisa, um escopo (objeto bem definido), objetivo geral e objetivos específicos, metodologia, os resultados e uma conclusão.
7.1.3. Os trabalhos gerados por IA não são elegíveis, pois o objetivo do evento é desenvolver as habilidades acadêmicas. Ofertamos a oficina de escrita acadêmica para dirimir as inseguranças e possibilitar um espaço seguro, confortável e amigável para aprender, aprimorar e exercitar a habilidade de escrever textos acadêmicos.
7.2. A temática desta segunda edição do Simpósio Pretaenerd é CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS, de modo que objetivamos fomentar conversas sobre deficiência, identidades queer, orientações políticas e práticas que questionem a normatividade e o conservadorismo de modo teórico-prático, performativo e acadêmico. Nesta edição, teremos quatro (4) mesas de discussão, chamadas de grupo de trabalho (GT), cada uma com um tema e composta por três (3) participantes. Os temas dos GTs são:
7.2.1. GT 1, intitulado Futuros e passados dissidentes, coordenado pela Dra. Anne Quiangala e Ms. Tainá Elis.
Ementa: Desde 2018, as irmãs Isa e Pétala Souza (as @afrofuturas) têm construído um espaço virtual de discussão de obras literárias de ficção especulativa de autoria negra, de pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+, dentre outras, com lentes críticas, intitulado Clube Futuros Dissidentes. Inspiradas pelo excelente trabalho que elas fazem na internet e além dela, propomos neste GT uma reflexão sobre noções de futuro e passado, no plural, considerando diferentes abordagens: afrofuturismo, cosmogonias e cosmologias africanas, indígenas, sul-asiáticas e tantas outras são convidadas para essa conversa. O que significa viajar no tempo sendo uma pessoa racializada? De que modo é possível atirar uma pedra hoje e ela ecoar ontem? E quanto ao looping temporal, como um corpomente (Nick Walker) dissidente se comporta através dos tempos? Lembremos de quem lida com o tempo só, como Dana, em Kindred (Octavia Butler), Hugo, em 23 minutos (Waldson Souza), a vingadora Monica Rambeau, o Décimo quinto Doctor Who, ou viaja “de galera”, como fazem figuras dissidentes da HQ Os invisíveis, a tripulação da USS Discovery, em Star Trek Discovery, e dissidentes em A Diplomata, de G. G. Diniz e em A Herança dos Fantasmas, de Rivers Solomon. Sobre papeis sociais: o que podemos aprender a partir da relação do Mandaloriano com o Baby Yoda? O que os Oankali ensinam sobre gênero, sexo e sexualidade? E, no futuro, só nos resta a distopia? Quem sabe, o Sertãopunk, idealizado por Gabriele Diniz/G.G. Diniz, Alan de Sá e Alec Silva, nos ofereçam algumas respostas e, quiçá, mais perguntas! Se a distopia de uns é a utopia de outros, temos alguma chance de frustrar a lógica normativa, resistindo, nos tornando simbiontes, hackeando as formas conhecidas de viver, se divertir, socializar, amar, fazer arte e se alimentar? As “Raízes do amanhã” (Waldson Souza), plantaremos hoje? Nós, quem? Pensando em tudo isso, questões sobre dissidência, a partir de experiências de temporalidade, tecnologias eletrônicas e Ancestrais, que enfatizem modos de se relacionar com o espaço-tempo e desafiam a lógica moderna das identidades fixas e centralizadas (Stuart Hall), são bem-vindas nessa formidável mesa de discussão!
7.2.2. GT 2, intitulado Dissidências neuroqueer, coordenado pela Dra. Anne Quiangala e Ms. Tainá Elis.
Ementa: O livro Neuroqueer Heresies, da psicóloga Nick Walker, propõe uma discussão importante sobre neurodivergência e gênero, destacando que somos corposmentes (bodyminds) indissociáveis. Para a autora, neuroqueer é uma palavra que é um adjetivo, ou seja, faz parte da identidade dos sujeitos, e um verbo que compõe as suas práticas individuais e coletivas. Já Teoria Crip, do estudioso Robert McRuer, também nos ajuda a entender que a patologização médica e social, tanto da comunidade LGBTQIAPN+, quanto das pessoas com deficiência (PcD), explica um tipo de “normalidade” baseado na capacidade corporal compulsória que subjuga esses os grupos porque não são parte da reprodução e produção do sistema capitalista. Ao longo de 2024, a comunidade Pretaenerd se debruçou sobre a questão do autismo e de outras deficiências, suas relações com gênero, raça, classe e outros aspectos multidimensionais (Aph Ko) da vida e do processo de tornar-se sujeito (Grada Kilomba), dentro da sociedade. No #Pretaread (2024), lemos Autismo sem máscara, do psicólogo Devon Price, que destaca a construção de comunidades como um processo de acolhimento para pessoas neurodivergentes, na criação de vínculos de pertencimento e aceitação. Conforme aprendemos na Oficina Desaprendendo o Capacitismo, de Isadora Dias (@isotica), na Pretaenerd Academy, em 2021, a cultura pop pode ser uma ferramenta para questionarmos ideias cisheteronormativas, racistas, capacitistas e capitalistas, que, muitas vezes, estão incrustadas no nosso cotidiano. Destacamos possibilidades de trabalhos sobre vivências múltiplas (Mística e Charles Xavier em X-Men, Rachel, em Crazyhead, Dre, em Enxame, Eric, Ola e Lily, de Sex Education, Rue Bennet, em Euphoria, Maya Lopez, a Eco, Nomi de Sense8, etc…); práticas coletivas e espaços e/ou sentido de comunidade (fandom, clubes de leitura, eventos, painéis, Role Playing Game, isso é, RPG, etc); construção de identidade e práticas nerds/ geeks (cosplayers, influencers, produtores de conteúdo, fanfiqueiros, gamers etc). Tendo isso em consideração, este GT busca pessoas com abordagens dissidentes de produtos da cultura pop. Esperamos que cada participante conecte dissidências de gênero, raça e/ou classe focadas na existência neuroqueer (Walker), sem “disputar lugar à mesa” de opressores (Price) ou usar as suas ferramentas para destruir o empreendimentos coloniais (Audre Lorde)! Afinal, não se destroi capacitismo com capacitismo, certo?
7.2.3. GT 3, intitulado O rock é negro e dissidente, ponto!, coordenado pela Dra. Anne Quiangala e Ms. Tainá Elis.
Ementa: Se o rock é derivado da dança do anel, da música de trabalho, do blues e do jazz, a raiz desse gênero (assim como grande parte da música pop) é negra e ponto! Filmes como Bessie e Pariah, da diretora Dee Rees, privilegiam as experiências de mulheres negras, o blues e o Rock, com atenção especial às subjetividades complexas, contraditórias, controversas e dissidentes (o mesmo não podemos dizer de A Voz Suprema do Blues; por quê?). Covers têm o poder de modificar as músicas, amplificando seus sentidos? E se, no próximo álbum, a Beyoncé entregar puro rock? Sabemos que, historicamente, o rock é uma expressão dos dissidentes, mas onde está essa dissidência hoje? Por que soa tão estranho unir os termos “negritude” e “rock” em determinados ambientes? Quais as contribuições de pessoas negras, especialmente, aquelas que são mulheres, queer e com deficiência para os subgêneros do rock n’ roll? Quais as mensagens, estilos e movimentos estão sendo propostos, atualmente, por e/ou para pessoas negras? Por que tanta gente negra é fã de Paramore? Quais as tendências se mantêm e quais vem sendo questionadas ou renegociadas? O que rock, negritude, feminismo e #nerdiandade têm em comum? A partir dessas questões, convidamos pessoas pesquisadoras que também sejam headbangers, indies, grunges, punks e até emos (emo é rock? também é um bom tema!), que pensam profundamente sobre as raízes do rock e em seu impacto, desde a subculturas, até a inserção no pop e, o retorno às sombras, para uma conversa divertida e apaixonada. Leituras dissidentes desses temas, álbuns, clipes, filmes, biografias, cinebiografias, mixtapes, playlists, bandas e movimentos nos ajudarão a compreender por que o rock é negro e dissidente, ponto!
7.2.4. GT 4, intitulado O medo, o outro e dissidências, coordenado pela Dra. Anne Quiangala e Ms. Tainá Elis.
Ementa: O gênero horror deriva de um modo vitoriano de se relacionar com a diferença: a partir do estranhamento, hierarquia e violência que herdamos e continuamos a perpetrar por aqui, nas Américas. Monstros famosos vêm sendo usados como figuração de preconceitos a ponto de isso impactar no cotidiano de quem é “diferente”. Mas diferente de que? De quem? Como refletiu, certa vez, a teórica Maisha Wester (in Barba Guerrero): “que tipo de pessoa você tem que ser para justificar algo tão flagrante como a violência excessiva sobre o corpo? Quando nós falamos sobre linchamento, não estamos falando só de assassinato, mas de tortura, assassinato, desmembramento e, ocasionamente, de por fogo. Isso sugere um nível de monstruosidade, pois, se você pensar bem sobre o seu estereótipo de monstro do gênero horror, você não pode apenas matá-lo uma vez; você não esfaqueia o Michael Myers e considera que está resolvido; você não joga o Freddy no fogo e acha que ele morreu; [Conforme as narrativas dos filmes clássicos], você tem que sujeitá-los a um processo de tortura e violência”. Ora, esse não é bem parecido com o tratamento dado às pessoas racializadas, estrangeiras e da classe trabalhadora em certos contextos? Então nós somos monstros? Pra quem? Por quê? Quando Jordan Peele, Nia DaCosta, Tananarive Due, Octavia Butler e SZA (sim, a SZA!!!) invertem a direção do olhar e mostram a perspectiva negra do medo que o diferente (o Outro) sente de “expurgo”, da unanimidade, a noção do que é temível, nojento e perverso muda completamente. Como o horror negro é o gênero queridinho da comunidade, ao menos, desde que Anne Quiangala propôs a oficina O medo dos outros (que, aliás, inaugurou o Pretaenerd Academy), e seus desdobramentos, como o mês do horror, não poderíamos deixar de convocar cada pessoa que não aguentava ver filme de terror até 2020 e que chamava Dead by Daylight de “jogo de aventura” para negar os fatos! Tendo isso em consideração, convidamos pessoas interessadas pelo gênero horror para uma análise sobre medo, noções de monstruosidade e violência, do ponto de vista dos corposmentes (Walker) o mais dissidentes possível!
8. CRITÉRIOS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHO ESCRITO, SLIDE E APRESENTAÇÃO ORAL.
8.2 O acesso às mesas de discussão é gratuito para ouvintes e para candidatas, candidates e candidatos. Podem se inscrever pessoas com titulações acadêmicas (doutorado, mestrado e graduação), mas estimulamos igualmente a participação de pessoas que não possuem grau acadêmico.
8.3. O evento será transmitido online ao vivo (síncrono) na plataforma Twitch Preta, Nerd & Burning Hell e no canal Pretaenerd Academy no Youtube. Deste modo, ao submeter o seu trabalho via formulário você concorda em ter a sua imagem captada e disponibilizada nessas plataformas permanentemente.
8.4. Titulação acadêmica não é requisito para aprovação do artigo submetido. Uma vez que o evento tem em vista o fortalecimento da comunidade, especialmente das atividades que vêm sendo promovidas, desde 2020, por meio da Pretaenerd Academy.
8.5. A participação de eventos anteriores da Pretaenerd Academy será um critério de desempate, assim como o tempo ativo na comunidade comprovado no ato de inscrição, via formulário.
8.6. Uma oficina sobre escrita acadêmica será oferecida como parte da programação do II Simpósio em 16 de agosto de 2025, das 14h às 18h. Essa oficina é um requisito para a apresentação e publicação do trabalho no II Simpósio Pretaenerd Academy e será oferecida no mês anterior ao evento.
8.7. Comprovada a apresentação ao vivo na data pré definida com slide e a entrega do artigo completo, tudo com linguagem acessível, em conformidade com a proposta descrita no ato de inscrição, a pessoa proponente emitirá uma nota fiscal (conforme as orientações fornecidas em momento oportuno, posterior ao edital) e, então, será remunerada com o valor de R$ 660,00.
8.8. Em caso de cancelamento da apresentação sem aviso de, ao menos, 24 horas, algum membro da equipe (previamente preparado) poderá assumir a oficina imediatamente. Neste caso, a pessoa emitirá a nota e será remunerada de acordo com o presente edital.
8.9. A equipe organizadora do evento deverá enviar o certificado, comprovando a participação da pessoa proponente e número de horas em até 45 dias após realizada a atividade.
9. CRITÉRIOS PARA SUBMISSÃO DE OFICINAS
9.1 Oficinas são espaços de formação que conectam metodologia científica e produtos da cultura pop.
9.2. No II Simpósio Pretaenerd Academy, serão ofertadas 2 oficinas, com a duração de 4 horas cada uma, nos seguintes temas:
- Oficina 1: Escrita acadêmica feminista nerd (#nerdiandade)
- Oficina 2: Discursos dissidentes na cultura pop
9.3. A elegibilidade da oficina 1 depende da comprovação de título igual ou superior ao mestrado completo (upload de diploma no ato de inscrição), visto que ela propõe a aplicação de conceitos e métodos científicos. Desse modo, a titulação demonstra que a pessoa que está se candidatando tem o requisito técnico (acadêmico), pois foi avaliada previamente pelos pares (não apenas pela comissão organizadora) e sua produção também reforça essa habilidade.
9.4. É possível se candidatar às duas oficinas como ministrante, desde que as propostas se adequem ao tema CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS, mas, caso haja propostas duplicadas, a que não corresponder à proposta será descartada.
9.5. Em caso de haver uma mesma pessoa se candidatando como oficineira nas duas oficinas e se provarem elegíveis, privilegiamos a mais adequada à proposta para possibilitar que outra pessoa com trabalho elegível e adequado à proposta também possa participar.
9.6. Em caso de só haver uma candidatura para ofertar ambas as oficinas, ou na ausência de propostas, a equipe poderá convidar pessoas que já contribuíram com oficinas no Pretaenerd Academy e/ou têm sua habilidade comprovada em outros contextos como, por exemplo, a aplicação de oficina em espaços formais de ensino.
9.7. A oficina não precisa ser inédita, mas precisa estar no escopo e corresponder ao tema, modalidade e número de horas, conforme especificado no presente edital.
9.8. Ao propor uma oficina, a pessoa que está se candidatando deverá anexar um documento contendo informações básicas como objetivo geral e objetivo especifico, metodologia, cronograma e bibliografia, conforme o modelo, disponivel em: https://docs.google.com/document/d/15KKb4ewONsfAkpZwv-wI31AfWovxjWLYSTP_zSSbEpA/edit?usp=sharing
9.9. As oficinas ocorrerão nas seguintes datas e horários:

9.10. O momento do intervalo será definido pela pessoa que está ministrando a oficina, inclusive com autonomia para fracionar. Entretanto, o tempo total de pausa não poderá exceder 30 minutos.
9.11. A pessoa proponente se responsabiliza por confeccionar uma apresentação em linguagem e slide acessível, conforme as diretrizes de apresentação do presente edital. Diretrizes: https://docs.google.com/presentation/d/16TV54r4qgSo97m76eiftnCPK0IiALSGHSywYpP8WwNs/edit?usp=sharing
9.12. A pessoa proponente se responsabiliza por propor atividades avaliativas ao longo da oficina. Atividades avaliativas consistem em perguntas, testes, atividades em grupo, dentre outros, que possibilitem a quem ministra a oficina as informações necessárias para ajustar o conteúdo ao contexto e às referências das pessoas participantes.
9.13. Comprovada a aplicação da oficina, conforme a proposta descrita no ato de inscrição, a pessoa proponente emitirá uma nota fiscal (conforme as orientações fornecidas em momento oportuno, posterior ao edital) e, então, será remunerada com o valor de R$1.300,00.
9.14. Caso a pessoa proponente ministre ambas as oficinas, ela deverá emitir uma nota para cada atividade (conforme as orientações fornecidas em momento oportuno, posterior ao edital).
9.15. Em caso de a pessoa proponente ministrar uma oficina diferente do proposto no ato da inscrição, transferir para outra pessoa que não seja inscrita como co-autor, ou mesmo, ferir alguma das diretrizes do edital, usando linguagem ofensiva, apresentando temática não relacionada ao tema proposto e/ou o tema do II Simpósio Pretaenerd Academy, a oficina será cancelada e o valor será redistribuído.
9.16. Em caso de cancelamento da oficina, algum membro da equipe (previamente preparado) poderá assumir a oficina imediatamente. Neste caso, a pessoa emitirá a nota e será remunerada de acordo com o presente edital.
9.17. A equipe organizadora do evento deverá enviar o certificado, comprovando a participação da pessoa proponente e número de horas em até 45 dias após realizada a atividade.
9.18. Para propor uma oficina, é necessário se inscrever por meio do formulário, disponível no seguinte link: https://forms.gle/Ai5QsnQxorYqBoJR8.
10. AVALIAÇÃO
10.1 Dos resumos
Os resumos encaminhados serão submetidos à avaliação pelos membros da Comissão Científica do II SIMPÓSIO PRETA NERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS, levando em conta os seguintes critérios:
(a) adequação do título;
(b) organização das ideias no resumo;
(c) adequação ao tema;
(d) relevância do problema;
(e) contribuição para a área;
(f) qualidade do levantamento bibliográfico;
(g) adequação à política de citação proposta no edital;
(i) apresenta: introdução do tema, objeto, problema, metodologia, resultados e conclusão.
10.2 Das oficinas
AS oficinas encaminhadas serão submetidos à avaliação pelos membros da Comissão Científica do II SIMPÓSIO PRETA NERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS, levando em conta os seguintes critérios:
(a) adequação do título;
(b) organização das ideias na estrutura proposta no TEMPLATE;
(c) adequação ao tema do II SIMPÓSIO PRETA NERD ACADEMY: CULTURA POP E DISSIDÊNCIAS;
(d) relevância do assunto para a comunidade (com base nas discussões ao longo dos 10 anos de Preta, Nerd & Burning Hell);
(e) contribuição para a comunidade;
(f) qualidade do levantamento bibliográfico;
(g) adequação à política de citação proposta no edital;
(i) cronograma (adequação ao público-alvo, ritmo, equilíbrio entre teoria e prática, organização).
(j) pertinência das atividades avaliativas propostas.
11. DIRETRIZES
11.1 Do texto para a publicação.
11.1.1 Formatação: o artigo deverá ser formatado conforme a máscara/template, disponível em: https://docs.google.com/document/d/1TpZPmj7Lygdu-j_HxMBoylciCKXTNjkm0DmDEbpSWd8/edit?usp=sharing
- Linguagem: priorize a linguagem simples (frases em ordem direta e com extensão média e sem muitas orações subordinada; explore uma ideia por parágrafo ou slide; explique o sentido de termos menos comuns). Estruture as informações de forma lógica, sem excesso de termos técnicos. Organize as ideias de forma inclusiva, para que o máximo de pessoas entenda com facilidade.
- Abordagem: evite usar termos restritivos, que enfoquem sentidos ou habilidades específicas como se fossem universais. Por exemplo: em vez de usar usar “visão de mundo” de modo acrítico e acabar reforçando uma noção capacitismo, experimente trabalhar a noção de “paradigma” ou pesquise o conceito de “cosmopercepção” (Oyěwùmí);
- Fonte: Arial (fonte sem serifa reduz a dificuldade na leitura)
- Título em português: Arial 14, em caixa alta (caps lock), centralizado.
- Nome da pessoa que assina o trabalho: Arial 12, alinhado no lado direito da folha. Após o nome, insira uma nota de rodapé onde deve constar informações biográficas (formação, temas de pesquisa, publicações, atuação profissional e contato, caso se aplique).
- Resumo: Arial 12, espaçamento simples, justificado.
- Palavras-chave: 3 a 5, separadas por vírgulas. Não repita os termos já presentes no título, pois é pressuposto que terão centralidade no texto.
- Corpo do texto: Arial 12, Alinhamento à esquerda, para tornar o texto mais acessível às pessoas disléxicas.
- Citação direta: recuo de 4 cm, fonte Arial, tamanho 12, espaçamento simples.
- Notas de rodapé: Arial 12 e alinhadas à esquerda (para tornar o texto mais acessível às pessoas com baixa visão e disléxicas).
11.2 Do slide de apresentação
11.2.1 Formatação: a apresentação (slide) deverá ser formatada conforme a máscara/template disponível em: https://docs.google.com/presentation/d/16TV54r4qgSo97m76eiftnCPK0IiALSGHSywYpP8WwNs/edit?usp=sharing
- Atenção especial às imagens: nitidez, tamanho, contraste e tipos de cores que levem em consideração pessoas baixa visão ou daltonismo.
- Evite usar ferramentas de textos explicativos, balões, e gráficos que dificultem a leitura
- Texto em fonte Arial, tamanho mínimo 30.
- A linguagem usada deve ser simples e respeitosa (pesquise os fundamentos da linguagem não-violenta).
- Não faça slides com blocos de texto, pois o artigo será disponibilizado. Pense no que faz da sua apresentação uma experiência diferente da leitura do texto.
12. PUBLICAÇÃO DOS TRABALHOS.
12.1. Os trabalhos científicos que forem aprovados, apresentados e encaminhados no prazo estipulado em formato doc ou docx serão publicados no formato e-book e serão disponibilizados gratuitamente com a finalidade de democratizar o conhecimento.
12.2. Para a publicação, é obrigatória a apresentação do trabalho e o envio da versão completa e definitiva do artigo até 30 de outubro de 2025. O texto deve estar devidamente revisado, formatado, estar de acordo com as normas da ABNT e ter todos os elementos indicados no ítem 11.
13. ACORDOS
13. 1. Ao submeter um trabalho para o II Simpósio Pretaenerd Academy, você concorda que a sua proposta de resumo, artigo, slide e apresentação oral é original, inédita e de sua própria autoria. Com isso, você assume a responsabilidade total de qualquer problema eventual que possa vir a decorrer de plágio no seu artigo, resumo ou apresentação oral proposto neste evento.
13.2. Ao submeter o trabalho você afirma dispor de recursos técnicos (dispositivo com acesso à internet) para participar do evento de forma on-line e ao vivo na data e hora definida no Edital para cada atividade.
13.3. Você concorda que, caso haja uma instabilidade na sua internet ou você se atrase, a sua apresentação será realocada para o tempo após a última fala após 5 minutos.
13.4. Caso a sua internet não seja restabelecida até o final da última fala, sua submissão perderá a elegibilidade. Nessa situação, o valor da remuneração será redistribuído para os demais membros da mesa (GT) em questão.
13.5. Você concorda em emitir uma nota fiscal após ser reumerado a por sua participação no evento ao vivo e entregar o artigo finalizado.
13.6 Em caso de ausência, você não será elegível para o recebimento do valor correspondente à participação ao vivo E à submissão de artigo.
13.7. Em conformidade com a Lei Nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), o projeto Pretaenerd Academy informa que os dados coletados pelo II Simpósio Pretaenerd Academy no formulário são para uso restrito da Preta, Nerd & Burning Hell, para comprovação da realização da atividade e para a emissão de certificados.
13.8 Você concorda que as as imagens e gravações de imagens feitas na plataforma Twitch sejam disponibilizadas no canal do YouTube Pretaenerd Academy de forma gratuita e permanente.
14. COMISSÃO JULGADORA
14.1. A comissão julgadora é composta pela organização do evento, a partir de critérios acadêmicos, participação na comunidade Burning Heller e alinhamento com a proposta do evento.
14.2. Trabalhos com linguagem ou abordagem violenta, capacitista, homofóbica, racista, sexista; com dados e informações falsas; que apresente ideias e bibliografia datadas de forma acrítica e trabalhos gerados por IA e que fujam ao tema proposto serão desconsiderados.
15. DISPOSIÇÕES FINAIS
15.1. Situações omissas no presente Regulamento serão decididas pela Comissão Científica.
15.2. As dúvidas relativas à participação na apresentação de trabalhos e eventuais ajustes no cronograma das apresentações deverão ser encaminhados através do e-mail: simposiopretaenerd @gmail.com, com o assunto “dúvida”.
15.3. O presente Regulamento entra em vigor na data da publicação.
Brasília, 18 de julho de 2025
COMISSÃO ORGANIZADORA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BUTLER, Octavia. Kindred: Laços de Sangue. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Morro Branco, 2017.
BUTLER, Octavia. A Parábola do Semeador. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Morro Branco, 2018.
COLEMAN, Robin R. Means. Horror Noire: a representação negra no cinema de terror.Tradução de Jim Anotsu. Rio de Janeiro: Darkside Books, 2019.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento Feminista Negro. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Boitempo, 2019.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Candiani, Heci Regina. São Paulo: Boitempo, 2016.
DAVIS, Angela. A liberdade é uma luta constante. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: Episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KO, Aph; KO, Syl. Aphro-ism: Essays on pop culture, feminism, and Black veganism from two Sisters. New York: Lantern Publishing & Media, 2017. E-book.
PRICE, Devon. Autismo sem Máscara: uma jornada de autodescoberta e aceitação. Tradução de Cássia Zanon. São Paulo: nVersos Editora, 2024.
SOUZA, Waldson Gomes de. 23 minutos. São Paulo: HaperCollins, 2024.
- OLIVEIRA, Kétely da Silva. A maquinação do tempo em 23 minutos: o afrofuturismo como contrafeitiço ao realismo capitalista. Disponivel em:http://www.letras.ufmg.br/literafro/resenhas/ficcao/2061-a-maquinacao-do-tempo-em-23-minutos-o-afrofuturismo-como-contrafeitico-ao-realismo-capitalista. Acesso em 10 Jul. 25.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BARBA GUERRERO, Paula; WESTER, Maisha. African American Gothic and Horror Fiction: An Interview with Maisha Wester . REDEN. Revista Española de Estudios Norteamericanos, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 159–174, 2022. DOI: 10.37536/reden.2022.3.1832. Disponível em: https://erevistas.publicaciones.uah.es/ojs/index.php/reden/article/view/1832. Acesso em: 10 jul. 2025
HALL, Stuart. A identidade cultural da pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 10 ed. DP&A Editora, 2006.
KO, Aph. Racism as Zoological Witchcraft: A Guide to Getting Out. New York: Lantern Publishing & Media, 2019. E-book.
LORDE, Audre. Irmã outsider: Ensaios e conferências. Tradução de Stephanie Borges. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
MCRUER, Robert. Teoria Crip: Signos culturais entre o queer e a deficiência. Tradução de Anahí Guedes de Melo et al. Rio de Janeiro: Papeis Selvagens Edições, 2024.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. A invenção das mulheres: Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
- NASCIMENTO, Wanderson Flor do (2019). Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí. Potências filosóficas de uma reflexão. Problemata – Revista Internacional de Filosofia 10:8-28. Disponível em: https://philarchive.org/rec/NASOOP. Acesso em 10 Jul. 25.
RATTS, Alex. Eu sou Atlântica. Sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo, Imprensa Oficial, 2006.
SOUZA, Waldson Gomes de. Afrofuturismo: o futuro ancestral na literatura brasileira contemporânea. 2019. 102 f., il. Dissertação (Mestrado em Literatura) —Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
SOUZA, Waldson Souza (org.). Raízes do amanhã: 8 contos afrofuturistas. São Paulo: Guternberg/Plutão Livros, 2021.
WALKER, Nick. Neuroqueer heresies: Notes on the neurodiversity paradigm, autistic empowerment, and postnormal possibilities. Fort Worth: Autonomous Press, 2021.
- Textos traduzidos para o português disponíveis em: https://autismoemtraducao.com/category/autores/nick-walker/. Acesso em 10 Jul. 25.
- Observação: os pronomes da psicóloga Nick Walker são: ela/dela.